Olá pessoas queridas, como estão vocês???
Eu estou bem feliz, afinal não é todo dia que completamos mais uma primavera e particularmente AMO fazer aniversário, mas passo a parte de soprar as velinhas.
Hoje estou completando 31 anos,quando era mais nova eu achava que 30 anos era ser velha, mas agora aos 31 me sinto em alguns aspectos como se ainda tivesse 20 de forma mais lapidada.
Não tenho medo de envelhecer, e tenho
cá comigo que as pessoas têm a mania de serem regidas por números
redondos. Essa coisa das décadas provoca em nós uma sensação de mudança,
como se passássemos de fase num jogo cujas regras ninguém entende muito
bem. Aconteceu comigo. De novo.
Aos dez anos, embora não
soubesse explicar, havia uma sensação de importância ingênua, uma
excitação por usar o conteúdo de duas mãos pra dizer minha idade,
como se isso fosse uma espécie de indicativo entre quem era criança e
quem era muito criança. Aos vinte anos, eu me senti adulta. Céus, como
eu me achava interessante, madura, pronta para dar conselhos e espanar
pra todo mundo um monte de conceitos prontos que eu nem sabia de onde
vinham.
Deus sabe, e agora eu também, quanto engano há por trás dessa
sensação de maturidade que a gente experimenta aos vinte. E chegaram os
trinta, trinta e um. É nesse ponto que quero espichar a prosa.
A expectativa
de fazer trinta e um anos me apavorou durante os dois que antecederam o
fato. Fiquei muito preocupada com a passagem do tempo e seus
desdobramentos, com o tempo que deixei pra trás, com as decisões que
precisei (e ainda preciso) tomar e as consequências disso sobre a minha
vida e a das pessoas ao meu redor. Nos dois últimos anos, me pressionei
muito para acertar - afinal de contas, espera-se de uma mulher de trinta e poucos
anos, no mínimo, que ela saiba o que fazer da vida, certo? Errado.
Nós temos o hábito de rotular as coisas, os feitos, e estabelecer
padrões regidos cronologicamente por algum Big Bang invisível que fica
alertando: hora de acordar, de se formar, de dar o primeiro beijo, de
casar (ora, você A I N D A não se casou, querida?) , de ter filhos (casou e ainda n tem filhos??),
estar milionário ou pelo menos ser o presidente de alguma empresa, de
usar anti-sinais, fazer plástica, ter uma bolsa de marca, parar de
chorar, ficar segura. Enfim. E nos acostumamos com essa pressão, como se
ela fosse genuína, como se estivéssemos de fato devendo algo ao mundo
em decorrência do passar do tempo.
Claro que não se pode viver sem
responsabilidade alguma ou sem nenhum senso de orientação, mas não sei
até que ponto esse frenesi ajuda no processo.
Acontece que o
tempo passou e cá estou: Uma Mulher de Trinta e Um Anos. Como eu me sinto?
Ótima! Acabei entendendo que se não tem como correr, melhor não fazer, não?
Essa frase foi de uma amiga/irmã, que passou pela experiência antes de
mim. E quer saber? Ela está coberta de razão.
Aos trinta e um anos,
tenho a consciência agudíssima de que nunca vou chegar ao patamar de
maturidade da minha mãe, por exemplo. Até porque o tempo passa na mesma
velocidade para todos nós e para ela começou antes. De modo que o
quinhão que me resta é aproveitar o que posso aprender. Aí vem o pulo do
gato: por mim, tudo bem!
Aos trinta eu me conformei e entendi
que algumas coisas eu já sabia, outras não. Aprendi que algumas coisas é
preciso tolerar, mas tenho aqui comigo uma lista enorme de situações
que, sinto muito, mundo, mas não vou engolir de jeito nenhum, ao menos até o ponto que cheguei aos 31.
Estou
começando a descobrir que Sim e Não tem o mesmo peso, embora essa última
seja muito mais difícil de dizer. Consegui olhar com mais humor para
meus próprios defeitos e me perdoar por algumas escolhas, afinal de
contas, foram elas que me trouxeram até aqui.
Entendi que somos nosso pior algoz e, paradoxalmente, nossa companhia
mais importante. E que uma pessoa que não tolera estar só, está em
péssima companhia.
Descobri o valor de se
cultivar amigos e que muitas vezes só isso te livra de você mesmo.
Aos trinta e poucos também notei que meu círculo de amigos é bem menor do que tempos atrás.
Percebo que está mais complicado ver os que restaram e organizar horários por
diferentes motivos: estudo, família,trabalho, ou meramente mudança de estado civil.
Hoje em dia são raros
os encontros com os amigos para conversar e suprir um
pouco a carência, além de ser uma delícia relembrar os velhos tempos, só de pensar bate um saudosismo gostoso.
Parece que todos que conheço já estão casados ou quase há algum tempo e alguns
começam a ter filhos, menos eu, e isso começa a dar medo, muito mesmo!
As multidões já não me agradam, às vezes até te
incomodam, algo que pode soar absurdo aquelas pessoas que sabem como
fui baladeira e costumava achar que jamais na vida perderia uma TRIVELA
DO ASA começarei a deixar de ir a partir do ano que vem rsrsrsrsrs.
Sair duas vezes por
semana me deixa cansada.
Aos trinta e pouco, posso dizer que não sei acender
churrasqueira, trocar lâmpada, desentupir pias, ralos e etc,
arranjo uma forma estranha de fazer fogueira, conserto varal, abro vidro
de palmito me mato mas consigo, cozinho um bocado de coisas,e vale ressaltar que faço isso MUITO bem, herança de mamis, sei os princípios da troca de
pneus (embora não precise colocar em prática),continuo viciada em
leitura, amo desveladamente algumas pessoas por quem valeria a pena
morrer, entre outras coisas.
Ainda continuo sem matar baratas (isso nunca farei),
ratos e companhia limitada; não tolero gente má, nem mentira, nem
pessimismo. Não me alegro com a desgraça alheia. Não tenho saco pra
gente arrogante e nem pra gente com cérebro de minhoca.
Talvez
eu esteja mais ácida, menos doce, menos ingênua, mais confiante, mais
doida, vá saber. Fato é que o Temido Trintão e mais um pouco veio como um presente
maravilhoso, uma forma de promoção, um upgrade para uma versão melhor de
mim. O bonde do tempo passou e eu literalmente me joguei lá dentro.
Meu sorriso tem mais emoção, em contra partida o choro sai com mais dificuldade embora com mais dor.
Já não partem mais o meu coração
como antes, a essa altura já aprendi que pessoas podem decepcionar,e no final SEMPRE PASSA.
Olho para o meu trabalho e, talvez, não esteja
nem perto do que pensava, e as vezes pensar em procurar outro trabalho é tb pensar
que tem que começar tudo de novo isso dá um certo pânico, mas se for o jeito, arrisco, porque não?
Hoje tenho absoluta certeza do que quero e do que não quero.
Às
vezes,me acho insuperável e invencível, outras… apenas com medo e
perdida.
Me pega pensando no passado, mas me dou conta de que o passado
se distanciou e que tudo esta por vir ainda.Me preocupo com o
futuro… E como continuar construindo uma vida, com mais uma vida.
Minha fé aumentou, hoje a considero inabalável, ser tentante tem papel fundamental nesse aspecto, voltei a raiz da minha doutrina, o que me torna melhor.
Tenho "trinta e poucos" e gostaria
as vezes de voltar aos 25-26.
Parece ser um lugar bagunçado, um caminho
de passagem.
Mas dizem que é a melhor época de nossas vidas e tenho que
aproveita-la. É o tempo de construir nossos pilares. Parece que foi
ontem que era adolescente, ou uma jovem adulta curtindo a vida, cada minuto como se fosse acabar amanhã....Então,logo terei 40 e nem perceberei
!!!
Conclusão disso tudo?
Melhor ir com a vida, que observá-la passando. Porque o tempo passa, meu bem. Isso é fato.E enquanto ela passa vou fazendo o melhor que posso.
Quer venham os trinta e tantos, quarenta e tralalás, sigo como diria o rei Roberto Carlos "o importante é que emoções eu vivi" e continuo vivendo!
Beijos Férteis!