Olá pessoas queridas, como estão??
Eu submergi com força total do mar de lágrimas que tentava me afogar e estou bem, leve e cheia de fé, literalmente sacudi a poeira e dei a volta por cima, afinal de contas deitar e chorar não muda as coisas, certo?
Trombose é a formação ou o desenvolvimento de coágulos sanguíneos. Já a
trombofilia é a propensão a desenvolver trombose ou outras alterações em
qualquer período da vida, inclusive, durante a gravidez, parto e
pós-parto, devido a uma anomalia no sistema de coagulação do corpo.
O sucesso gestacional depende de uma adequada circulação útero-placentária.
Na gravidez existem maiores possibilidades de uma mulher desenvolver a
trombofilia. As causas não são todas conhecidas, mas sabe-se que o
fator genético da doença é uma delas.
Na
gravidez a trombofilia pode resultar em abortos, pré-eclâmpsia,
eclâmpsia, deslocamento precoce da placenta entre outras complicações.
Os sinais de alerta são: perda fetal repetitiva (cerca de três vezes) no
primeiro trimestre da gestação e histórico de complicações obstétricas
(eclampsia ou trombose venosa profunda na perna). Procedimentos de FIV e IA sem sucesso.
Porém, quando o problema é acompanhado e tratado, as chances de sucesso são de 90% e 94%.
Caso contrário, os riscos são de 30% para complicações graves e 16% dos
abortos por repetição estão relacionados diretamente com a ocorrência
de trombofilias.
Em caso de diagnóstico positivo, a trombofilia é hereditária ou adquirida.
A
diferença é que a genética é conseqüência de mutações e/ou deficiência
na produção de anticoagulantes naturais (Proteína C, Proteína S,
Antitrombina) ou de substâncias sintéticas que influenciam na
coagulação. Já a trombofilia adquirida pode ocorrer quando o paciente se
torna obeso grave, diabético, sedentário ou passa por imobilização
prolongada (viagem aérea com mais de 10 horas sem a movimentação
adequada), uso de anticoncepcionais orais, reposição hormonal, câncer e
alguns distúrbios da imunidade.
Quando
se trata de gravidez, a trombofilia é um risco para a mãe e o bebê
porque obstrui vasos sangüíneos que irrigam a placenta e levam sangue e
nutrientes para o feto e estruturas importantes entre a mãe e o feto.
Boa
parte das pacientes não apresenta qualquer episódio de trombose. Nesse
caso, a doença se mostra em função das complicações na gravidez. Se algo
parecido já tiver acontecido com alguém da família ou se a mulher
apresentou quadro de trombose com uso de anticoncepcionais hormonais, a
atenção deve ser redobrada.
Quando
a mulher se descobre com o problema, além da preocupação com o
tratamento, pensa logo em como será o parto e a amamentação. Em
princípio as trombofilias não constituem indicação obrigatória de
cesárea. No entanto, em virtude do risco de algumas complicações no
final da gestação (pré-eclâmpsia e insuficiência placentária com óbito
fetal repentino), a tendência é indicar a resolução da gestação tão logo
se estabeleça a maturidade fetal, assim que o bebê apresente condição
de sobrevida extra-uterina com riscos iguais ao de um recém-nascido cuja
mãe não apresenta patologias.
A
ocorrência independe do tipo de trombofilia. A freqüência das
alterações é variável e baixa para a maioria das patologias. A
ocorrência fica entre 0,02% a 8%, sendo a deficiência de antitrombina a
menos comum e a mutação do Fator V de Leiden a mais comum. Em se
tratando de grávidas, 0,5% a 4% das pacientes com trombofilias
desenvolvem problemas na gestação.
No
grupo de trombofilias adquiridas a síndrome dos anticorpos
antifosfolípides (SAAF) é a de maior importância. Contudo, o fato do
diagnóstico ser positivo não obriga que haja problemas na gravidez. Só
5% da população têm os anticorpos presentes quando realizados exames
laboratoriais.
Além disso, pessoas com lúpus apresentam SAAF associada
em 34% a 42% dos casos. No que se refere à gestação e perdas gravídicas,
cerca de 16% dos abortamentos de repetição estão relacionados com a
doença, incidência que aumenta para 24% nas gestações obtidas por
fertilização assistida.
As
trombofilias de menor risco são a mutação do gene da protrombina e a
hiperhomocisteinemia (aumento de cerca de três vezes do risco). A
deficiência das proteínas C e S, assim como a mutação do Fator V de
Leiden, têm aumento moderado do risco de trombose (5 a 10 vezes). A
deficiência de antitrombina é a de maior risco.
Os médicos preferem considerar a gestação de portadora de Trombofilia como uma gravidez especial. Não só porque na maioria das vezes a gestação vem depois de duas perdas ou é primeiro filho. É que a fase deve ser monitorada com mais intensidade.
Além
disso, a rotina do pré-natal tem um detalhe a mais: todo dia a gestante
aplica em si mesma uma injeção de heparina para evitar a formação de
trombos e controlar a coagulação do sangue em níveis normais.Essa é uma
das partes do tratamento para trombofilia na gravidez. Para quem jamais
ouviu falar no problema, soa estranho. O fato é que a heparina ajuda na
coagulação do sangue e é fundamental nesse processo. Esse tipo de
tratamento começa antes mesmo da gravidez, prossegue durante toda a
gestação e pode se estender até depois do parto.
São
também altos os riscos de partos prematuros. Em geral, a interrupção da
gravidez é tomada pelos médicos para assegurar a vida da criança e da
mãe. Isso porque, sem o tratamento adequado, há 30% de chance de a
gravidez não evoluir e culminar em aborto ou no nascimento do bebê com
baixo peso e desenvolvimento corporal.
Para
a mãe também há conseqüências. Ela pode sofrer uma trombose venosa
profunda (mais freqüentemente na perna esquerda), um acidente vascular
cerebral (AVC) isquêmico, obstrução da artéria que irriga intestino, ou
infarto do miocárdio ou tromboembolismo pulmonar. Esse risco para mãe
trombofílica se estende durante todo o puerpério, o famoso resguardo de
44 dias.
O primeiro passo para se chegar ao diagnóstico é uma boa conversa com o
médico. Em seguida, vem a bateria de exames. Infelizmente, o custo dos
exames utilizados no diagnóstico ainda é extremamente alto. Na rede
privada, alguns exames ainda não são cobertos pelas operadoras de planos
de saúde, o que não deixa de ser uma dificuldade para o diagnóstico.
Outro problema é o alto custo das medicações, e o incômodo das injeções
subcutâneas até duas vezes ao dia.
Mesmo
com o tratamento há riscos. Os mais comuns são queda das plaquetas,
sangramentos nasal, ocular, em pontos de injeção ou na gengiva. Isso
acontece com maior facilidade, representa pouco risco e ocorre pela ação
de diminuição da capacidade de coagulação do sangue imposta pela
heparina e ácido acetilsalicílico. Outro resultado é o possível
enfraquecimento da massa óssea, mas esses fatores podem ser suplantados
com exames regulares de controle da coagulação e suplementação com
cálcio na gestação.
Segue a lista dos exames e onde positivou para mim:
Cobertos pelo plano:
Hemograma
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada
Fibrinogênio (o meu deu mais alto do que a referência)
Antitrombina
Proteína C
Proteína S Total e Livre
Anticoagulante Lupico
Cardiolipina IgG
Cardiolipina IgM
Beta 2 IgG
Beta 2 IgM
Homocisteína
Fator VIII da coagulação
Não cobertos pelos plano:
Fator V de Leiden
MTHFR mutações C677T e A1298C (meu resultado mutação presente em ambos heterozigose o que significa que herdei a mutação)
Teste de Resistência a Proteína C ativada (RPCA)
PAI-1 (esse ainda não peguei o resultado)
Faltou o SAAF, mas pelo que li geralmente os hematologistas pedem após ver esses resultados.
Tenho consulta com a GO no dia 03/06, dai volto aqui para continuar a nova "saga"...rsrsrs
Beijos Férteis!
Fonte:http://guiaparacegonha.blogspot.com.br/2011/12/informacoes-sobre-trombofilia.html
http://guiadobebe.uol.com.br/o-que-e-trombofilia/